Modos ‘soneca’ e ‘não perturbe’ podem afetar alertas de níveis de açúcar em celulares e relógios inteligentes, informa Anvisa
23/05/2025
(Foto: Reprodução) A agência publicou um Informe de Segurança sobre as interferências das configurações dos aparelhos para monitoramento contínuo e recomendou que usuários fiquem atentos para atualizações automáticas. Modos ‘soneca’ e ‘não perturbe’ podem afetar alertas de níveis de açúcar em celulares e relógios inteligentes, alerta Anvisa
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Os modos "soneca" e "não perturbe", de celulares ou relógios inteligentes, podem afetar o som do alerta de aplicativos para monitoramento da glicemia, informa a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A agência publicou um Informe de Segurança sobre as interferências das configurações dos aparelhos para monitoramento contínuo de glicose em líquido intersticial (percutâneo), a partir de relatos de usuários que não ouviram ou deixaram de receber alarmes em celulares ou relógios inteligentes (smartphones ou smartwatches).
As interferências podem levar a ausência da emissão do som de alerta nos casos de baixos níveis de açúcar (hipoglicemia) ou de altos níveis de açúcar (hiperglicemia) no sangue.
O volume (som) do alerta pode ser afetado pelas configurações nos seguintes casos:
No modo de suspensão (adiamento do alarme/alerta), indicando modo "soneca" ou "não perturbe";
Por conexões com outro hardware por meio de bluetooth, como por exemplo: fones de ouvido sem fio ou áudios de carros;
Na utilização de recursos de economia de bateria;
Quando o dispositivo inteligente permanece desligado por muito tempo.
Esses recursos podem impactar apenas as notificações dos alertas de elevação ou queda da glicose, mas não interferem no funcionamento dos monitores contínuos de glicose.
A Anvisa recomenda que usuários fiquem atentos para:
Atualizações automáticas do sistema operacional dos smartphones ou smartwatches. Isso porque, além de interferir nas configurações dos alertas dos aplicativos, isso pode torná-lo incompatível para uso.
Configurações e o volume do alerta: usuários devem verificar esses itens e, em qualquer suspeita de alteração dos níveis de glicose no sangue, utilizar o seu monitor contínuo de glicose ou um método alternativo como a glicemia capilar, e procurar atendimento, se necessário.
A falta de percepção desses alertas pode levar a situações clínicas como hipo ou hiperglicemia, perda da consciência, convulsão, coma e risco de morte.
A agência pede que, em caso de desvio de qualidade dos dispositivos, o usuário notifique no e-Notivisa. Se você é um profissional de saúde, utilize o sistema de notificação Notivisa.
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