Movidos pela fé, romeiros percorrem 80 km a pé de Jundiaí a Pirapora de Bom Jesus
09/05/2024
(Foto: Reprodução) Essa é a 87ª edição. Romeiros saem da Vila Arens, em Jundiaí, nesta sexta-feira (10) para o Santuário de Bom Jesus de Pirapora. Fiéis iniciam a Romaria de pedestres de Jundiaí a Pirapora
Arquivo da Romaria
Quase 500 romeiros participam tradicional Romaria de Pedestres da Vila Arens, em Jundiaí, ao Santuário de Pirapora do Bom Jesus (SP). Com 80 quilômetros de ida e volta, a caminhada começa às 21h desta sexta-feira (10) após a bênção aos fiéis. O retorno está previsto para domingo (12), às 16h.
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A programação dos romeiros é extensa. No sábado, às 7h, ocorre a concentração de chegada na cidade de Pirapora do Bom Jesus, em frente ao depósito da prefeitura, onde é feita a foto oficial. Depois, em fila, todos seguem até o santuário, onde são recebidos pelo padre para a bênção e a visita à imagem do Bom Jesus.
Ainda no sábado, às 15h30, na capela do seminário, ocorrem palestras e testemunhos. Os fiéis rezam o terço se confessam.
No domingo (12), às 4h30, é realizada a Santa Missa no Santuário, que é transmitida pela Rádio Cidade AM 730. Na sequência, os romeiros retornam para Jundiaí, onde são recebidos pela Banda São João Batista e familiares. A previsão é de chegada às 16h na Igreja Nossa Senhora da Conceição, na Vila Arens.
“A romaria é uma peregrinação de cunho espiritual e religioso, ligado à Igreja Católica Apostólica Romana, durante a qual cada peregrino, movido unicamente pela fé, busca aproximar-se um pouco mais de Deus para, com Ele, compartilhar suas alegrias, tristezas, angústias e expectativas e, também, agradecer por todas as graças que acredita ter recebido e rogar por outras de que necessite para si ou para sua família”, destaca Anselmo Luiz Marcelo, membro da Comissão Organizadora.
Um pouco de história
Romeiros em 1958
Arquivo/Romaria
Desde março de 2016, a Romaria de Pedestres da Vila Arens faz parte do calendário de eventos de Jundiaí, data instituída por meio de uma lei municipal.
Sua criação foi em maio de 1935 pelos amigos Francisco Iotti, Antonio Rossatti, Pedro Cescon, Xavier Rosatti, Alberto Iotti e Benedito de Oliveira. A peregrinação surgiu de uma reunião no Clube Primavera, por diversas promessas para cura de lesões após partidas de futebol, principalmente nos joelhos dos jogadores. Os amigos decidiram, então, ir para Pirapora numa sexta-feira, em maio daquele ano.
No terceiro ano de romaria, Francisco Iotti era presidente do Primavera Futebol Clube e pediu orações aos romeiros para o seu time ser campeão naquela temporada, o que aconteceu. Com isso, aumentou o número de romeiros.
Romeiros de Jundiaí (SP) em 1958
Arquivo/Romaria
Em 1955, um dos grandes milagres registrados: um romeiro que foi descalço até Pirapora, para cumprir uma promessa. Chegando lá, seus pés estavam machucados. No dia seguinte, depois da missa, seus pés já estavam curados, contam.
“Comecei em 92, pois antes disso só fazia romaria a cavalo. Foi vendo a fé de quem caminhava que me motivei a ir a pé e nunca mais parei. Todo ano faço questão de ir, é uma renovação da minha fé. Minha vida mudou depois da minha primeira peregrinação. A meta agora é ganhar a placa de 50 anos de participação”, comenta Mil de Lima, romeiro de Várzea Paulista, completando: "A emoção de chegar em Pirapora do Bom Jesus, depois de caminhar os quase 40 km, é indescritível, é impossível não se emocionar!".
Romeiros no santuário de Pirapora do Bom Jesus
Arquivo/Romaria
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